terça-feira, junho 29, 2010

Novos projetos! Milão X Porto Alegre

Em paralelo ao trabalho de produção lá na Maria Cultura, continuo pensando em meus projetos de cinema digital... E depois do sucesso de "La Donna e i Suoi Riflessi", aos poucos estou preparando um novo filme (ou filmeS...talvez)!! Mas ainda é surpresa!

Só posso dizer que, já que a dupla com a atriz Lesley Bernardi deu tão certo, decidimos repetir a dose!



Durante a última visita de Lesley à Porto Alegre (no mês passado), já iniciamos as filmagens...e você pode conferir as fotos do making of dessa fase inicial do projeto!


Atualmente participam do projeto: Patrick Fontes,


Lesley Bernardi,


Magali Hochberg, Paula Nestrovski, e


Janine Mogendorff.

A idéia mirabolante da vez é fazer um filme super internacional, com parte das imagens sendo produzidas na Itália - onde mora atualmente a Lesley. Também está nos planos a inclusão de algumas imagens feitas por mim durante o período em que morei no exterior.

Quando puder dar mais informações, divulgo por aqui!
Prometo!!

sexta-feira, junho 04, 2010

QUIDAM - Cirque du Soleil em POA // 3

Continuando a SAGA QUIDAM....olha que lindo o texto que a Letícia Wierzchowski escreveu!!!


Éramos duas crianças no Quidam


Quando eu era pequena, íamos muito ao circo. Meu pai levava a mim e minhas duas irmãs às funções de sábado à noite. Do tanto que fizemos juntos, esses antigos passeios estão guardados num lugar especial da minha memória. Eram pequenas companhias, circos que se anunciavam russos, feitos com artistas nascidos no interior do Brasil, leões artríticos e engolidores de fogo com cara de quem sofria de problemas gástricos; mas, ainda assim, entrar naquele mundo misterioso e mágico era entrar numa outra dimensão. Ainda posso me lembrar da minha extrema felicidade lá no meio da plateia, quando as luzes se acendiam no picadeiro e o espetáculo estava ribombando seus primeiros acordes…

Difícil mesmo é dimensionar o que sentiu meu filho de 8 anos ainda na outra noite, quando assistimos juntos a Quidam, o espetáculo que o Cirque du Soleil acaba de trazer a Porto Alegre. Se eu mesma vibrava de alegria e pasmo diante das meninas chinesas com seus diabolos, e suspirava de medo pelas acrobatas da pirâmide humana, o que dizer do menino sentadinho ao meu lado? Seu espanto, sua emoção, o tamanho dos seus olhos luzidios cravados naquele picadeiro de maravilhas, e até o seu medo nos números mais eletrizantes…

Posso dizer aqui que a cadeira 1 da fila A abrigou, naquela noite de sexta-feira, um menino em puro êxtase, passeando por um mundo onde a realidade é magicamente transfigurada pelas mãos de artistas que não são de todo humanos - e creio que nem levam ossos sob suas rígidas carnes, tal a leveza e a elasticidade dos seus voláteis movimentos, seus saltos nunca no vazio, seus giros fantásticos, suas piruetas impressionantes. No picadeiro, Quidam traz a magia, a solidão e o mistério de uma grande cidade, com seus passeantes solitários, apressados, apaixonados, seus homens de negócios ocupados demais. Eles descem do céu e saem dos bueiros, eles voam sobre nossas cabeças e cortam as nuvens que pairam sob a lona colorida. Eles causam encanto, medo e pasmo, enquanto traçam com movimentos de sonho um espetáculo pictórico, visual e sensorial tão delicado que as palavras quase não alcançam. Fica-nos a impressão de que não existem limites para os artistas do Cirque du Soleil no seu inacreditável picadeiro de maravilhas. Os ohs e ahs da platéia se sucedem formando uma trilha sonora à parte: a música do nosso sempre renovado espanto. E eu, que tinha pensado em olhar o circo pelos olhos do meu menino, agora estou aqui, tão fascinada quanto ele, pinçando palavras com as quais traduzir o meu próprio encanto, diante da certeza de que, naquela plateia, por obra e mágica da troupe do Cirque du Soleil, não havia uma mãe e seu filho, mas duas crianças mesmas, ambas enfeitiçadas pelo milenar espetáculo do picadeiro. Como é que dizem mesmo? Senhoras e senhores: com vocês, o maior show da Terra!


Leticia Wierzchowski

quinta-feira, junho 03, 2010

QUIDAM - Cirque du Soleil em POA // 2

Posto aqui o texto do Eduardo Bueno sobre o espetáculo QUIDAM - do Cirque du Soleil...



"O CIRCO DA TERRA E AS LABAREDAS DO SOL


Eis o circo que voa demasiadamente perto do sol. E mesmo que suas asas de cera possam se derreter, seus saltimbancos tratam de descer ao solo da mesma forma como ascenderam ao topo - por meio das cordas e fitas que os sustentam entre os rasgos da terra e o alvo do céu. Sim, basta erguer a cabeça e você os verá, agora mesmo, viajando com leveza e vigor pelo cordão umbilical que os mantém em suspenso entre o rés do chão e os píncaros do picadeiro.
Mas, no panteão de deuses que o Cirque du Soleil celebra a cada nova apresentação, o herói eleito não é Ícaro - embora um avatar dele surja brevemente em cena, atado a um esqueleto roto de asas despenadas. No picadeiro mítico do Circo do Sol, quem se impõe é Prometeu. Ainda assim, em sua jornada ao cume, não é o fogo dos deuses que esses modernos titãs estão dispostos a obter: o que os audaciosos membros da trupe global querem mesmo roubar são os segredos que regem a mais perfeita das máquinas. Almejam o domínio sobre o corpo humano…
E é de posse dele que retornam de sua jornada pelos fios que conectam seu palco ao cosmos.

Os integrantes de Cirque du Soleil são bonecos de mola, são marionetes, são fantoches - a diferença é que quem manipula as cordas são eles mesmos. Não que essa trupe intrépida não pague o preço de ter surrupiado dos deuses o poder de controlar braços e pernas, torsos e cinturas: a música densa e os céus em geral sombrios refletidos na abóboda de sua tenda parecem ecoar, em Quidam, a presença assustadora de um poder que se mantém evasivo e ameaçador, urdindo raios e trovões, como se clamasse por vingança.
Os acrobatas, malabaristas, equilibristas, trapezistas e ginastas do Cirque mais famoso do mundo sabem, porém, fingir, como em Alegria, que é fácil executar sua missão contorcionista. Brincam com o impossível e afrontam com graça as leis da física e da biologia, dispostos a revelar que o homem, em sua vertigem ousada, de tudo é capaz. Desafiam a lei da gravidade, testam os limites, desprezam a lógica implacável das articulações: transformam cotovelos em dobradiças, joelhos em molas, pulmões em fornalhas. Mostram assim que a linha divisória entre corpo e espaço é mera linha pontilhada, que se dobra, se descostura e se desfaz para além das imposições da anatomia.
Em sua viagem cosmogônica, o Cirque du Soleil recapitula e desconstrói a linha evolutiva da espécie: seus integrantes ora são invertebrados unicelulares, ora répteis que rastejam, ora aves que se alçam. Camaleões das formas, parecem ter mais pernas que os aracnídeos, mais braços que polvos, mais cabeças que medusas.
Desnudam-se, assim e a cada nova exibição, como obreiros a serviço de uma coreografia da transcendência.

E, no entanto, tudo isso se opera com a leveza dos palhaços.
Tudo é representado como mera diversão. Tudo como se fosse… apenas circo. E se hoje tem goiabada, não tem marmelada (mas tem pipoca). O palco giratório do Cirque du Soleil é uma roda de emoções e um programa de auditório. Quem quer bacalhau? Quem quer ser milionário? Nós - mas nos contentaríamos em ter corpos como aqueles.
Sim, Cirque du Soleil é circo, o nome já o impõe. Mas também é teatro - e seu duplo. É cinema mudo e cena falada. É pintura em 3D - ao vivo e a cores. Como a cores e ao vivo toca a banda que o acompanha, arrancando sons eletrônicos em ritmo de rave - nem que seja para abafar o som de ligaduras e tendões e feixes de nervos que em algum momento devem estar se rompendo para que aqueles malabares de ossos e músculos atinjam suas multiformas impossíveis.
Cirque du Soleil é uma sinfonia a ecoar os acordes de uma nova fisiologia. É improviso estudado - e a platéia provê os gatilhos; tanto é que, quando menos espera, você pode ir parar no palco…
Cirque du Soleil são palhaços roxos e coringas aos farrapos e figurinos em frangalhos e gigantes e anões e chinesinhas com diabolos saltitando com seus rolos e fios. E se falta a mulher barbuda e o homem-bala, lá estão os bueiros que se abrem e nos tragam através do espelho, direto às altas profundezas do País das Maravilhas.

Cirque du Soleil é um Coliseu sem sangue, onde os gladiadores exibem seus membros de aço e armaduras de terminações nervosas não para se baterem entre si mas contra as impossibilidades da vã anatomia. A cada performance, eles se transmutam em semi-deuses - só para provar que são humanos. Demasiada, mas sobejamente humanos.
E se o homem é a medida de tudo, como quis Vitrúvio - e da Vinci ecoou -, o Cirque du Soleil enfim dança conforme a música. Talvez por isso, um de seus integrantes gire dentro de uma roda metálica, braços e pernas abertos, como na figura clássica de Leonardo - eis o Homem Vitruviano em pleno movimento. Mas se da Vinci está presente nas entrelinhas, o modelo pictórico parece ser Michelangelo e o dedo de Deus que toca os humanos desde a cúpula da Sistina. Embora, como já dito, deva ser um deus vingativo, a soar em trovões que despencam de nuvens carregadas, mesmo que a figura de uma lua cheia rebrilhe no céu opaco da tenda, no piso da qual as estrelas são de carne e osso.
A presença cenográfica mais nitidamente desvelada pelos spots, porém, é cortesia de Magritte, com seu homem moderno de terno e guarda-chuva, mas sem cabeça e com as poltronas que flutuam erguendo consigo os leitores desatentos de um diário enfadonho - visual ainda assim menos surreal do que as peças que aqueles corpos e aquelas performances pregam a cada novo ato.
Mas ao fim e ao cabo, e para além de tudo isso, o que importa referendar é que Cirque du Soleil é diversão para toda a família.
Leve as crianças. Só não vá tentar repetir nada disso em casa. Afinal, como a intrépida trupe faz questão de deixar claro antes de abandonar o palco, o Cirque du Soleil é mesmo de perder a cabeça."


Eduardo Bueno

quarta-feira, junho 02, 2010

QUIDAM - Cirque du Soleil em POA // 1

QUIDAM

Cirque du Soleil




No final de Abril fui convidada a conferir a estréia do espetáculo QUIDAM, do Cirque du Soleil, com direito a Tapis Rouge...um luxo!!

O espetáculo é liiindo! Olha o que a Martha Medeiros escreveu em sua coluna na ZH, e no seu Blog ...



"QUIDAM


Eu já havia assistido ao espetáculo Alegria, que esteve excursionando pelo Brasil dois anos atrás, mas escutei comentários de que o Quidam era ainda melhor, então me dirigi ao Cirque du Soleil com bastante expectativa, o que é preocupante, já que expectativa é o caminho mais curto para a frustração. Mas a expectativa não só se cumpriu como deu diversas piruetas sobre si mesma.

Em duas horas e meia, as coisas mais importantes da vida desfilaram diante de uma plateia extasiada, provocando uma transcendência essencial a esse mundo materialista. De minha parte, senti como se tivesse entrado em um sonho. Meu país das maravilhas coube dentro de uma tenda de circo.

Afinal, que coisas mais importantes da vida são essas?

Fantasia, humor, confiança, beleza, infância, poesia, erotismo, movimento, arte e amor. Não é pouca coisa para se condensar num único espetáculo, mas o fato é que a trupe consegue tirar nossos pés do chão e nos transportar para uma dimensão a que não estamos habituados. Por isso o fascínio.

Quidam nos convida a acreditar no impossível, a se divertir com o que é sério, a confiar no outro, a buscar o bom gosto nos detalhes, a descobrir que todo gesto pode ser leve, a voltar a ser criança, a perceber a poesia sem palavras, a reconhecer as possibilidades do corpo, a nunca ficar parado, a reverenciar todas as formas de arte e a compartilhar tudo isso: aqueles canadenses, chineses, russos, húngaros e ucranianos nos amam e nos abraçam. We are the world.

Quidam é circo, e é também teatro, dança, show. Não se reduz a um único conceito. Quem acompanha o Cirque du Soleil sabe o que pode esperar, mas nunca deixará de se surpreender: a turma sempre dá mais do que promete. Se pela tevê já encanta, ao vivo arrebata."

Martha Medeiros




terça-feira, junho 01, 2010

Até o PIXEL 2011!

Eis a equipe que tornou o Pixel Show 2010 possível!
Valeu, galera!




Agora é esperar pela edição de 2011...até lá!

PIXEL SHOW 8 * Momentos Especiais!

Catarina Gushiken
fofíssima e suuuper inspirada no Pixel Show POA...


E Da-lhe PULPO tb!!!!